História

Foi no início da primavera de 1931 que um pequeno grupo deu o primeiro passo para criar uma representação dos trabalhadores do comércio no Espírito Santo. Eram trabalhadores comuns, empregados nas principais casas comerciais de Vitória. Luiz Manoel Vellozo, por exemplo, que saiu daquela reunião eleito presidente provisório do nascente sindicato (também o primeiro associado matriculado nos registros da entidade), trabalhava na Hard, Rand & Co., uma empresa do ramo de exportação de café, de agentes de vapores e de seguros diversos, cuja vinda para o Espírito Santo datava do século anterior. Os demais presentes eram Dicamor Moraes, Arnaldo Dangermon, Carlos Alves, Pedro Moraes, Sylvio Pereira, Luiz Sanhami e Manoel Rolemberg. Assim, surgia o Sindicato dos Empregados do Comércio do Estado do Espírito Santo num cenário de forte mobilização olítica dos trabalhadores brasileiros.

Ao organizarem seu sindicato, os comerciários de Vitória buscavam instrumentalizarem-se juridicamente para fazer face aos novos tempos pretensamente modernizadores do Governo Provisório da República que, ironicamente, tornar-se-iam mais e mais autoritários e repressivos nos anos seguintes. Vellozo – muito conhecido por Maninho – após aquela reunião preliminar e já na condição de presidente provisório do Sindicato, fez publicar no jornal Diário da Manhã em 23 de setembro de 1931 um comunicado a […] todos quantos estejam interessados na fundação do Sindicato, a comparecer á Assembléia geral de fundação definitiva e aprovação dos Estatutos elaborados pela competente comissão,[i] que se daria no dia seguinte às 20:00 hs, na então sede do Sindicato dos Operários da Companhia Central Brasileira de Força Elétrica (CCBFE), à avenida Capixaba n.63, centro da capital dos capixabas. [ii]

No ano anterior, após a deposição do presidente Washington Luís, Getúlio Vargas assumira o Governo Provisório da nação e vinha propondo leis polêmicas destinadas a atrelar a atuação política dos sindicatos patronais e de trabalhadores aos interesses do Estado. Para isto, utilizava como instrumento o recém-criado Ministério do Trabalho, Indústria e Commércio, promulgado pelo Decreto 19.433, de 26 de novembro de 1930.

A FUNDAÇÃO E AS PRIMEIRAS LUTAS DOS COMERCIÁRIOS (1931-1947)

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1941

1947

1959

A AUDÁCIA DOS PIONEIROS: O SINDICATO NO TEMPO DOS FUNDADORES

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